Por dentro das telas de segurança
O objetivo principal deste item cada vez mais corriqueiro nos condomínios cariocas é evitar acidentes com crianças, animais e até mesmo adultos. Mas esse não é o único. As redes de proteção previnem também a queda de objetos diversos que, se derrubados de grandes alturas, podem acabar machucando as pessoas atingidas próximas ao solo. Há ainda quem as utilize para separar ambientes, cercar áreas esportivas, decorar espaços e proteger a propriedade contra alguns tipos de animais. Mas… Como é o processo de instalação dessas telas? Que tipo de material é o mais indicado? Como conservar as redes para que promovam a segurança mesmo depois de certo tempo instaladas?
NBR 16.046
Uma norma brasileira foi aprovada pela ABNT para tratar especificamente das telas de segurança. Dividida em quatro partes distintas, a NBR 16.046, de 2012, estabelece os requisitos mínimos para a fabricação das redes para edificações, legisla sobre as cordas que compõem a rede, além de descrever os padrões mínimos a serem seguidos na instalação.
A norma, por exemplo, proíbe a utilização de material reciclado na composição da rede. Ainda sobre o material, ela determina que ele seja resistente à propagação de fogo e possua temperatura máxima de trabalho de 50º. Já o tamanho da malha utilizada deve ter, no máximo, 20 cm de diâmetro. “As redes de proteção destinadas a condomínios não são as mesmas que as redes utilizadas na construção civil, agricultura e esportes. Os materiais e especificações são diferentes. Segundo a ABNT, as redes para proteção de crianças, animais de estimação de pequeno porte e adultos devem ser de polietileno, ter 20 cm de soma no polígono (5 cm em cada lado) e resistir até 350 kg por m2. A recomendação é que elas possuam aditivos que retardem o envelhecimento por ações do sol, chuva, detritos etc.”, esclarece Florence Muller, diretora de uma empresa especializada em redes de proteção.
Dicas de Instalação
O primeiro aspecto importante é o ambiente onde será colocada a rede. Uma tela para varandas e sacadas de apartamentos, por exemplo, não serve para quadras ou piscinas. Outro ponto de atenção são os ganchos. Há diferentes modelos e métodos de fixação distintos. Seja qual for a escolha do condomínio, esses itens devem estar em conformidade com as normas.
As redes podem ser afixadas do piso inferior ao teto, da grade ao teto ou ainda da grade ao piso inferior, em diversos substratos, que vão desde a alvenaria até a madeira, passando pelas estruturas metálicas. Mais uma vez, independentemente do material, o substrato precisa ter sua resistência testada para garantir que a rede irá suportar o peso determinado em lei.
A importância de um bom fornecedor
O condomínio precisa contar com uma empresa especializada para o serviço. Saber quem vai contratar é um dos passos primordiais do processo. Na hora de escolher, o gestor deve optar por fornecedores que possuam a certificação fornecida pela Associação Brasileira de Empresas Técnicas em Instalações de Redes de Proteção e Segurança (Abrasredes). O selo assegura que a prestadora cumpre as leis, utilizando os materiais adequados e respeitando os critérios de segurança do trabalho.
Conservação e Manutenção
A primeira regra é evitar o contato das telas com produtos químicos, equipamentos cortantes e pontiagudos e fontes de calor.
Quando for limpar as redes, mais atenção: o ideal é utilizar um pano úmido com detergente neutro, retirando, assim, a sujeira mais grossa. Evite mexer nos ganhos e só remova a rede em casos estritamente necessários, como pinturas e obras em áreas próximas. Nestes casos, fuja do “faça você mesmo” e chame uma empresa especializada em instalação para realizar a retirada. O condomínio deve ainda investir na manutenção periódica das redes.
Fonte: revistasindico.com.br
0 Comments